27 de fevereiro de 2014

Anuário destaca maior projeto mineral do mundo.

Proposta do projeto S11D permitirá economia de 93% de uso de água no processamento do minério.
 
Com o tema “Mineração sustentável. Um legado para a nossa gente”, o presidente do Sindicato das Indústrias Minerais do Estado do Pará (Simineral), José Fernando Gomes Júnior, lança no dia 13 de março, a terceira edição do Anuário Mineral do Pará. Em uma edição bilíngue, com tradução para o inglês, a publicação vem com um capítulo especial sobre os projetos socioambientais das empresas associadas ao Simineral, além de uma trazer uma radiografia completa do setor mineral no Pará.
 
O Anuário também abre espaço para detalhar os grandes empreendimentos minerais que entrarão em operação no estado pelos próximos anos. Entre eles está o S11D, considerado o maior projeto de mineração de ferro do mundo. Localizado aos pés do lado sul da Serra de Carajás, no sudeste paraense, que se estende por oito municípios do Estado, o S11D será o primeiro projeto instalado na parte sul. O Corpo S11 deste pedaço de serra tem potencial mineral de 10 bilhões de toneladas de minério de ferro, sendo que só o bloco D, isoladamente, possui reservas de mais de 4 bilhões de toneladas métricas. Devido a essa localização, o projeto recebe o nome de S11D.

Quando estiver em pleno funcionamento, previsto para 2016, o empreendimento irá gerar mais de três mil empregos diretos e produzirá 90 milhões de toneladas de minério de ferro por ano, quase o equivalente à produção total das cinco minas a céu aberto que a Vale possui na Serra Norte. Com essa produção, em conjunto com os demais empreendimentos da empresa no local, o S11D elevará a região ao mesmo patamar de importância do Quadrilátero Ferrífero de Minas Gerais. A previsão é que, em 2018, a produção total de minério de ferro da Vale no Pará chegue as 230 milhões de toneladas por ano.

Inovação

Uma das principais inovações é a adoção do conceito truckless (de mineração sem caminhões). Neste sistema, os cerca de 100 caminhões “fora de estrada”, que seriam responsáveis por transportar o minério extraído até a usina de beneficiamento, serão substituídos por uma gigantesca estrutura de correias transportadoras. Serão 37 km de correias, que levarão o minério de dentro da Floresta Nacional de Carajás à Usina.

Graças a essa medida, a Usina pôde ser construída fora da floresta, em uma área que já estava desmatada. Com isso, será eliminada a necessidade de suprimir uma área de mais de mil hectares de floresta. A substituição, além de diminuir a quantidade de resíduos, como pneus, filtros e lubrificantes, permitirá a redução de 77% do consumo de combustível.

O processamento do minério de ferro a partir da umidade natural é outra inovação que reduzirá os impactos ao meio ambiente. Essa tecnologia permitirá a diminuição do consumo de água no processo em 93%, quando comparado ao método tradicional. A quantidade de água economizada seria capaz de abastecer por um ano uma cidade de 400 mil habitantes, como Bauru, no interior de São Paulo. Com a redução de 93% no consumo de água e 77% de combustível, o S11D possibilitará a redução de 50% na emissão de gases de efeito estufa, quando comparado aos métodos convencionais.


Fonte: ORM news

0 comentários:

Postar um comentário

Tecnologia do Blogger.

Arquivos