Um acidente na BR-316 travou a pista nos dois sentidos de entrada e saída da cidade. Além do acidente mais grave, em que um motociclista morreu esmagado por um caminhão, outras colisões, de menor gravidade contribuíram para a obstrução da rodovia. O caos no trânsito perdurou por cinco horas até que os principais pontos de obstrução começassem a ser liberados.

Os agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF) tentaram organizar o trânsito, mas o congestionamento durou mais de cinco horas. O maior desafio foi fazer o fluxo de carros fluir nos retornos dos quilômetros 8 e 9 da rodovia. Este último é o retorno dos veículos que saem da pista da Nova Independência. Com o trânsito totalmente parado em vários trechos, o resultado foi um congestionamento que se estendeu da Almirante Barroso até o município de Benevides. No total, a estimativa foi de 15 quimômetros de congestionamento. 

Quem estava no trânsito precisou ter paciência. Usuários de ônibus decidiram descer dos coletivos e seguir o caminho a pé. Cristiane Silva andou por duas horas até conseguir chegar em Ananindeua. De lá a vendedora, que retornava de Mosqueiro, pretendia pegar um mototaxista para conseguir chegar em casa. Já João Batista, residente em Marituba, após quatro horas no trânsito ele não havia percorrido dez metros na rodovia. 

O trânsito já estava fluindo lentamente por volta das 16h, por causa do feriado de ontem. O fluxo de veículos no sentido de saída da cidade era grande. Foi exatamente nesse horário que o acidente com o motociclista ocorreu. A vítima, identificada como Luis Vieira de Lima, 54 anos, trafegava no sentido de Marituba. O acidente ocorreu no Km 11 da BR-316. 

Com o trânsito parado, o motoqueiro decidiu trafegar pelos corredores, mas esbarrou em um caminhão que transportava garrafões de água, se desequilibrou e caiu na pista. Um segundo caminhão, ainda não identificado, não conseguiu frear e esmagou o motociclista. 

Uma equipe de resgate do Samu foi acionada, mas o homem já estava morto. Segundo o socorrista Waldeci Oliveira a vitima teve o aprofundamento do crânio. “Tentamos reanimá-lo, mas não houve resposta. A violência do trauma foi grande e irreversível”, explica

O motorista do caminhão de água, que preferiu não se identificar, afirma que viu apenas o motociclista esbarrar na traseira de seu veículo. “Foi tudo muito rápido, eu acho que o outro motorista não viu o que ocorreu, por isso passou direto. Eu acho que o carreteiro nem viu o acidente”, diz.

O policial rodoviário federal, Mario Monteiro, afirma que uma das testemunhas do acidente conseguiu anotar a placa do caminhão. Os demais postos da PRF foram acionados para tentar conseguir localizar o motorista. “Se for baseado nos relatos, infelizmente, foi de fato uma imprudência do motociclista, pois é proibido andar pelos corredores dos carros”, explica.

O trânsito já estava com o fluxo intenso antes do acidente. Após a morte do motociclista, o trânsito parou. Apesar do acidente ter ocorrido à tarde, o corpo da vítima só foi removido às 19h30. Nesse período, os duas pistas do sentido Belém-Marituba, precisaram ser interrompidas. 

O trânsito parado em um dos sentidos passou a influenciar no fluxo do sentido contrário. Os veículos que saíam no Km 9, onde existe a saída dos veículos que trafegam pela Nova Independência, fecharam a BR o que provocou um problema ainda maior. O segundo problema ocorreu no retorno do Km 8. Além do acidente com vítima fatal, houve outras duas colisões de menor gravidade, que contribuíram para travar ainda mais o trânsito.

A agente Ana Rabelo, tentou organizar o fluxo de veículos. Segundo a PRF, o problema estava nos retornos e a falta de compreensão dos usuários. “O desafio é grande, pois a orientação é de que as pessoas façam o retorno mais distante, mas ninguém quer. Todos querem sair no mesmo lugar, o que provocou todo essa situação”. 

Pelas redes sociais houve a divulgação de um suposto protesto por causa da morte do motociclista, o que teria complicado ainda mais situação. O suposto protesto teria ocorrido no local do acidente, três horas depois da morte do motociclista, mas a manifestação não foi confirmada pela PRF

Fonte: Folha do Para.