29 de outubro de 2014

Tiro no pé: Medida Provisória feita para reduzir tarifas de energia custará 61 bilhões de reais

Bomba atômica energética estoura em poucos meses, diz especialista.

“Diante de uma série de fatores, incluindo os fatores climáticos, é possível afirmar que haverá um aumento considerável nas contas de luz nos próximos meses. A população poderá sentir no bolso, as consequências da falta de chuva e de mudanças introduzidas na estrutura tarifária no setor elétrico nos últimos meses.
De um lado, o Governo criou uma Medida Provisória (MP 579) com o intuito de reduzir tarifas, retirando da remuneração das empresas a parcela correspondente aos investimentos realizados; de outro, não contava com os valores indenizatórios devidos às transmissoras e geradoras de energia. Ou seja, o montante inicialmente previsto pelo Governo foi rapidamente superado pelos cálculos indenizatórios desenvolvidos por empresas especializadas.
Adicionalmente, a falta de chuvas gerou um efeito financeiro imediato no caixa das empresas de distribuição que não possuem recursos para pagar pela energia térmica, muito mais cara que a hidráulica. Enquanto isso, o governo se vê obrigado a fazer financiamentos para que as distribuidoras possam pagar por essa energia mais cara.
Ou seja, além da atual crise hídrica, o país enfrentará também a maior crise energética já vista, a estourar dentro de poucos meses, visto que a polêmica Medida Provisória 579, projetada para reduzir as contas de luz, custará, segundo um relatório do TCU (Tribunal de Contas da União), 61 bilhões de reais.
Só alguns dos laudos de avaliação elaborado pela Delos para fins do processo de indenização revelam a diferença entre os valores previstos pelos Governos e os números reais. Para a Rede Básica Sistema Existente – RBSE, a ELETROSUL apresentou o valor de R$ 1.061 milhões, em dezembro de 2012, sendo que o valor contábil residual dos referidos bens é de R$ 474 milhões. Já para a CTEEP, o valor certificado pelo laudo foi de R$ 5.186 milhões.
Ou seja, muitos recursos estão sendo colocados nas empresas do setor e logo menos, essa conta não fechará. Desta forma, será preciso reorganizar as contas, seja do Governo, das empresas e até mesmo da população, que certamente terá sua conta de luz mais cara. As consequências destas ações serão sentidas posteriormente e é preciso ficar atento para que não se agravem”.
Fonte: Yahoo Notícias.

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