28 de fevereiro de 2014
Pesquisa garante: o consumo cai entre famílias do Norte do País.
11:25 AM
| Postado por
Unknown
A pesquisa apura sete itens para chegar à conclusão final. Emprego atual, perspectiva profissional.

A Intenção de Consumo das Famílias (ICF) nortistas caiu 1,8% esse mês, de acordo com o levantamento realizado pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), divulgado ontem. Em fevereiro, famílias de quase todas as regiões do País reduziram sua intenção de consumo. No Nordeste, o índice que mede o potencial deste intento sofreu queda de 1,6%, no Sul, o recuo foi de 7% e no Centro-Oeste a queda chegou a 0,1%. A exceção, nesse caso, são as famílias do Sudeste, que apresentaram alguma vontade em consumir, elevando o indicador da região em 0,8%. 2014 ainda não empolgou as famílias da região Norte no que diz respeito ao consumo. A variação anual do ICF para os sete Estados nortistas está negativa em 5,4%, resultado acompanhado pelo Sul ( - 5,8%), Centro-Oeste (- 4,4%) e Sudeste (- 7%).
A pesquisa apura sete itens para chegar à conclusão final. Emprego atual, perspectiva profissional, renda atual, compra a prazo, nível de consumo atual, perspectiva de consumo e momento para aquisição de bens duráveis. Sobre emprego atual os nortistas estão 6,7% menos confiantes, em fevereiro, alcançando congruência com os percentuais do Sudeste (- 0,3%) e do Sul (- 6,5%). Na região Nordeste (0,9%) e na região Centro-Oeste (1,5%) o prognóstico calculado pela CNC foi contrário. Nas variações anuais apenas o Nordeste (5,3%) atingiu resultado positivo. As famílias do norte estão 5,7% menos confiantes, em 2014. Em relação à perspectiva profissional os nortistas estão mais esperançosos, esse mês (3,4%), assim como as famílias de todo o País. No Nordeste (0,4%), no Sudeste (1,8%) e no Centro-Oeste (5,1%), os percentuais de variação justificaram a variação do índice nacional (1,8%). No ano, estão negativas as perspectivas das famílias do Sudeste (5,5%), do Centro-Oeste (5,3%) e do Sul (4,2%). No Norte, a pontuação do índice que mede esse quesito foi de 2,8%.
Sobre a renda atual as famílias Nortistas estão 4,7% menos satisfeitas, em conformidade com os cidadãos do Sudeste (- 4,5%), do Nordeste (- 1,9%), do Centro-Oeste (- 1,5%) e do Sul (- 1,9%). A variação anual do indicador que mede o que pensam os cidadãos a respeito da própria renda foi negativa para o Sudeste (- 5,5%) e para o Norte (- 7,7%). Sul (4,3%), Centro-Oeste (0,5%) e Nordeste (3,9%) foram as regiões onde as famílias estiveram mais otimistas.
O indicador relacionado ao acesso ao crédito caiu 8,9%, em fevereiro, e 13,9% no ano, na região Norte. No Centro-Oeste, as variações ficaram em 1,5% e - 4,8%, respectivamente. No Sul, os percentuais foram registrados em 13,1% e 9,8%, ambos resultados negativos. O Sudeste seguiu o roteiro, com quedas de 0,2% para o mês e 6,9% no ano. O Nordeste, na mesma linha, apresentou quedas de 2,2% e 3,2%.
A respeito do nível de consumo atual os nortistas estão 7,6% menos confiantes, assim como as demais famílias do País. No Sul o indicador desse item variou para menos em 13,2%. No Nordeste, a redução foi de 13,1%, o Sudeste registrou recuo de 7,8% e no Centro-Oeste o índice caiu 12,8%, em fevereiro. A perspectiva de consumo dos nortistas caiu 5,5%, esse mês e já recuou 5,3% no ano. O momento para a aquisição de imóveis é melhor agora, segundo as famílias da região Norte. Para essa avaliação o indicador subiu 22% nos Estados nortistas. No ano, entretanto, o indicador desse item já acumula queda de 10,7%, de acordo com o CNC.
Brasil
Em fevereiro, a Intenção de Consumo das Famílias brasileiras apresentou recuo de 0,9% (129,8 pontos) na comparação com o mês imediatamente anterior e queda de 4,2% em relação a fevereiro de 2013. Em janeiro deste ano, a pesquisa já havia apresentado retração de 3,0% em relação a janeiro de 2013. “O aumento sazonal dos gastos no início do ano, além da manutenção de um elevado nível de endividamento e maior dificuldade de aquisição de crédito, manteve a intenção de consumo em um ritmo inferior ao do ano passado”, explica Bruno Fernandes, economista da CNC. Apesar do resultado, o índice mantém-se acima da zona de indiferença (100,0 pontos), indicando um nível favorável.
Na comparação mensal, dois componentes da pesquisa apresentaram variações positivas – Perspectiva Profissional e Momento para Duráveis. O maior comprometimento da renda no início do ano com gastos relacionados a transporte, moradia e educação influenciou o resultado em fevereiro. Já na comparação anual, a ICF novamente apresentou variação negativa, puxada por todos os componentes da pesquisa.
Nível elevado de endividamento e crédito mais caro vêm se refletindo em uma maior moderação do consumo no período. Na mesma base de comparação, o último resultado positivo foi em dezembro de 2012. Por faixas de renda, os cortes mostram que o resultado do índice na comparação mensal foi sustentado principalmente pela queda da confiança das famílias com renda até dez salários mínimos, com recuo de 1,1%. As famílias com renda acima dez salários mínimos apresentaram crescimento (0,1%). O índice das famílias mais ricas encontra-se em 133,1 pontos, e o das demais, em 129,3 pontos.
Analisando as condições atuais e as perspectivas futuras da economia doméstica, a previsão da Divisão Econômica da CNC é que o volume de vendas do varejo obtenha um crescimento ao redor de 5,0% em 2014.
Fonte: Rafael Querrer (ORM newns - Sucursal Brasília)
Assinar:
Postar comentários
(Atom)
Tecnologia do Blogger.
0 comentários:
Postar um comentário